Artur Gomes – Como se processa o seu estado de poesia?
Marisa Vieira – Não processo, apenas acontece, costumo dizer que não posso me dar ao luxo de viver de poesia, assim como não posso aceitar a miséria de viver sem poesia.
Artur Gomes – Seu poema preferido?
Marisa Vieira – O bicho, Manuel Bandeira, por ser o primeiro que aprendi e fiquei pasma, aos 9 anos de idade.
Artur Gomes – Qual o seu poeta de cabeceira?
Marisa Vieira – Adélia Prado.
Artur Gomes – Em seu instante de criação existe alguma pedra de toque, algo que o impulsione para escrever?
Marisa Vieira – Momentos de tristeza.
Artur Gomes – Livro que considera definitivo em sua obra?
Marisa Vieira – Não tenho livro publicado, se entendi bem a pergunta, amo Grande Sertão Veredas.
Artur Gomes – Além da poesia em verso, já exercitou ou exercita outra forma de linguagem com poesia?
Marisa Vieira – Viver.
Artur Gomes – Qual poema escrevei quando teve uma pedra no meio do caminho?
Marisa Vieira – Por ser a única poeta da família:
salvou-se
era a rima
da família
(Marisa Vieira)
Artur Gomes – Revisitando Quintana: você acha que depois dessa crise virótica pandêmica, quem passará e quem passarinho?
Marisa Vieira – Os urubus.
Artur Gomes – Escrevendo sobre o livro Pátria A(r)mada, o poeta e jornalista Ademir Assunção, afirma que cada poeta tem a sua tribo, de onde ele traz as suas referências. Você de onde vem, qual é a sua tribo?
Marisa Vieira – Sou de Brasília, Capital do Rock ‘N’Roll, sou filha do concreto, mas encontrei minha tribo nos braços do Redentor, Rio de Janeiro.
Artur Gomes – Nos dias atuais o que é ser um poeta, militante de poesia?
Marisa Vieira – É ter muita coragem, persistência e poucas alegrias…
Artur Gomes – Que pergunta não fiz que você gostaria de responder?
Marisa Vieira – Tá tudo certo, Mym Mesma é obediente hehe…