Tempo de leitura: 13 minutos

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Este livro possibilita á você contribuir com a causa ambiental primordial para a vida na terra. AGUA: DA NASCENTE AO OCEANO…

Separei um trecho do meu livro "Vida iluminada", exclusivamente pra você.

Nunca é tarde para se reinventar, pense nisso!

Um livro não é um sonho que brota do nada, um livro é algo que que sai do coração e se instala no melhor de nossas experiências ao longo da existência…

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Bibliotecária – a vida lá fora.

 Este texto foi escrito para participar do processo de seleção lançado pelo SEBRAE para o evento denominado PRÊMIO SEBRAE Mulher de Negócios 2014. Ao receber o convite para a seleção, soube que poderia mencionar qualquer período de minha história profissional, então decidi por uma determinada época, onde atuava como Consultora da Biblioteca Renaulteca, na Renault do Brasil.

Sonhar sim e fazer acontecer …. Renault do Brasil 1998 – 2012

Em 1995 o Grupo Renault, com sede na França, comunicou sua decisão de instalar-se no Brasil. Em março de 1996, a Renault do Brasil Automóveis anuncia a implantação de sua fábrica no Paraná. Tendo aderido ao regime automotivo brasileiro, oficializou-se como montadora nacional, pelo MICT- (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo) em dois de maio de 1996. Em julho de 1996, tornou-se membro da Anfavea na “categoria especial” dedicada aos “new comers” (montadoras estrangeiras que estavam se instalando no Brasil). A Fábrica de automóveis foi inaugurada em 04 de dezembro 1998 e sua sede instalada em São José dos Pinhais – Paraná. Enquanto esses fatos aconteciam nesse novo cenário no mundo dos negócios e investimentos financeiros, uma arrojada senhora de 42 anos, ingressa na UFPR (Universidade Federal do Paraná), era o ano de 1995, para cursar biblioteconomia. O tempo passa, estamos no ano de 1997, chegava o momento de procurar um estágio. Parte obrigatória do curriculum escolar, naquela época, estágio supervisionado. Sem saber, a Renault do Brasil e eu, estávamos em sintonia e caminhávamos paralelamente. Bastava apenas definir nossos passos e agir em busca da conquista do caminho comum. Já éramos parceiras, pois ambas, em início de carreira, enfrentávamos os desafios do competitivo mercado brasileiro, das escolhas e do planejar a realização do sonho. Instalada, a Renault do Brasil trouxe consigo a cultura francesa, e, parte desta cultura, é o conceito de bibliotecas dentro das empresas. Uma biblioteca especializada começou a tomar forma. Esta estrutura em desenvolvimento, denominada CEFI (Centro de Formação Individualizado), um projeto, que estava sob a responsabilidade da equipe de Formação/ Treinamento, subordinada à direção de Recursos Humanos. CEFI tinha à sua frente mulheres brasileiras e idealistas, com conhecimento e experiência que fizeram com que aquele pequeno espaço trouxesse transformações proveitosas em todos os aspectos para a Empresa e seus Colaboradores. Duas particularmente, mulheres de grande visão e empreendedoras incentivaram a criação da biblioteca com o intuito de oferecer oportunidades para que os colaboradores participassem deste elemento de transformação, abrangência social, cultural, coletiva e política, que é a biblioteca. O princípio transformador deste espaço na Renault do Brasil, foi de incentivar a educação e a instrução, também enfatizar a compreensão de que ele (o indivíduo) é o sujeito responsável por sua própria educação e desenvolvimento sobretudo, preparar seu percurso profissional. Para isso, deve ter recursos para desenvolver seu potencial, enriquecer sua cultura e valores pessoais, acreditando que conhecimentos e competências podem ser adquiridos por meio de ações de formação bem como de leitura. Neste relato, quero dizer que a Renault do Brasil e eu tivemos os caminhos cruzados para uma parceria de sucesso desde janeiro de 1998. Fui a estagiária escolhida no processo de seleção lançado em janeiro de 1998. Dentre os critérios para a escolha: falar francês e ser aluna de um curso regular de biblioteconomia. Das 48 alunas da nossa turma, eu tinha esse perfil. Estudava Francês em um curso paralelo no Centro de Línguas da UFPR, denominado CELIN- Centro de línguas da UFPR. Para chegar aqui, havía passado por uma história de amor com o idioma Francês e a França, começando em 1968 quando frequentava o segundo ano ginasial. Anos mais tarde, aluna da Universidade Federal Fluminense na turma de 1986, no RJ cursando letras (português e Frances). Caminhamos por 30 anos acalentando o sonho de um dia enfrentar o desafio do mercado de trabalho em uma empresa francesa.

Durante este estágio como bibliotecária na Renault do Brasil, pude crescer profissionalmente, juntamente com a biblioteca e seu acervo. Tive que me inserir em um mundo novo, de infinitas experiências profissionais, onde a atenção deve ser sempre redobrada para acompanhar as mudanças que ocorreram na empresa e para integrar-se ao grupo, participando das discussões, reuniões de trabalho em equipe, seminários, palestras. Houve uma gama infinita de um desabrochar de novas perspectivas em relação a esta experiência, que procurava passar para minhas colegas do curso de Biblioteconomia da UFPR, sempre com a visão positiva de que o mercado de trabalho para o bibliotecário era seguramente promissor. No fim daquele ano de 1998, o estágio terminou. Mas a minha verdadeira trajetória profissional começou a partir de 1999, quando o então Diretor de RH da Renault do Brasil, convidou-me para continuar como consultora desta unidade de informação. Nesta época, minha filha também estudava Biblioteconomia na UFPR. Pensando nesse futuro e nos benefícios que ela teria, decidi aceitar. Fomos ao SEBRAE para pedir informações de como agir. Não tínhamos a menor ideia do que era abrir uma Empresa. Foi uma surpresa para nós, quando tivemos um consultor do SEBRAE disponível para conversar. Ele discorreu e detalhou com profissionalismo e atenção todos os critérios e dúvidas. Quando saímos daquela reunião tínhamos certeza que daria certo. Participamos de outra reunião na Renault do Brasil em 1999, onde aprendemos com um consultor contratado, os 22 pontos estratégicos necessários para mensurar o sistema de qualidade interno e externo da Empresa. O objetivo dessa reunião em relação aos fornecedores, consultores e prestadores de serviços foi mostrar a necessidade de manter o nível de qualidade em cada setor. A partir desta reunião, elaboramos os documentos da Biblioteca. Manual de procedimentos, a Missão e Objetivos. Definimos os instrumentos de catalogação e indexação do acervo. Foi também lançado um concurso interno para escolher o nome da Biblioteca que passou a chamar-se “RENAULTECA”. Durante esta parceria, a Renault do Brasil cresceu, e nós também. Viabilizamos o crescimento e a continuidade do negócio de consultoria, investimos em treinamento e capacitação profissional. Ambas terminamos este ano de 2011 um mestrado, na UFTPR, e na França, http://www.enssib.fr/.

Esse é um universo contínuo, decorrente de longos anos no processo de compartilhamento de ideias, visando o benefício mútuo, tanto do consultor quanto da Empresa agregadora. Estivemos sempre alinhados em relação às metas e os objetivos da Renault do Brasil. Nessa empreitada, a lição mais importante que gostaríamos de deixar, é que o sonho jamais deve morrer, pois a materialização do sucesso exige muito trabalho e dedicação, mas passa seguramente pela idealização do sonho, desde que esse seja evidentemente possível.

 A Biblioteca Renaulteca foi desativada em outubro de 2012, passou para um outro estagio e continuará sempre, tenho certeza, no coração daqueles que a conheceram e frequentaram. Por falar em Renault do Brasil, minha história com ela foi, de fato, uma história de amor. A Empresa, ou melhor, as pessoas que atuaram na minha época, fizeram surgir um divisor de águas em minha vida pessoal e profissional. Houve um antes e um depois da Renault do Brasil. E ela, a história, será objeto de um outro livro.

A formatura no Curso de Biblioteconomia – Oradora da turma.

Eu era a aluna mais madura do curso de biblioteconomia daquela turma do ano de 1999. Na época, estava com a idade de 43 anos e, como atuava profissionalmente no mercado de trabalho, fui apontada para ser a oradora. Com muita alegria e humildade, aceitei o desafio para escrever o texto, a seis mãos, porque tive a ajuda da Janete (minha filha) e do Amilton Bach para escrever o texto que apresento abaixo:

Oradora da Turma – formandos em Biblioteconomia da Universidade Federal do Paraná Teatro da UFPR1999

Ao término destes anos de estudos, chegamos à conclusão de que muita dedicação e trabalho foram necessários para atingirmos este objetivo. Na verdade, é através do estudo que o homem produz o conhecimento, desenvolve sua consciência, faz a história e constrói o mundo. Temos visto, através dos anos, que as oportunidades não são iguais para todos. Por isso, além de termos avançado em uma grande escala, ainda podemos nos considerar privilegiados por sermos parte das estatísticas daqueles que concluem o curso universitário neste país. É nosso dever como pessoas preparadas, abrir espaço para que este conhecimento, esta cultura, possam expressar-se através desta maravilhosa profissão que escolhemos a de BIBLIOTECÁRIO. Estamos iniciando nossa profissão dentro de um novo fenômeno mundial, sabemos que mais que uma nova ordem econômica, a globalização é um fenômeno cultural complexo e irreversível e que não podemos ignorar. Seus possíveis efeitos negativos não devem esconder os aspectos positivos, principalmente quanto as oportunidades de trabalho que se abrem. Este é um momento privilegiado de intercâmbio entre os homens. Jamais no decorrer da humanidade tantas mudanças ocorreram em tão pouco tempo. Sabemos que esse avanço tecnológico nos oferece facilidades, como o intercâmbio entre as nações. É inquestionável o aspecto positivo que toda a moderna tecnologia proporciona às pessoas. Os meios eletrônicos hoje transformam-se em ferramentas de trabalho, viabilizam o acesso rápido às informações, inúmeras possibilidades de interação com outras pessoas, infindáveis disponibilidades de pesquisa em todos os campos do conhecimento humano, acesso às informações de utilidade prática e muitos outros facilitadores da vida moderna. Há até quem acredite em amor virtual e no fim da solidão humana através de relacionamentos promissores. Como se através de uma tela mágica pudéssemos solucionar as dores e as angústias do viver. Estamos, pois, navegando por mares nunca dantes navegados. Se navegar é preciso, vamos buscar, através da atualidade de nosso universo, uma nova conotação que se torne sinônimo de grandes descobertas por mares desconhecidos, com a finalidade de adquirir novos conhecimentos e informações importantes e urgentes. “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Aceitamos o aspecto dubio da palavra preciso. Podemos entendê-la como verbo ou como adjetivo. Como verbo, a palavra nos convida a ação, nos convida a participar do movimento constante e renovador da vida. Por isso estamos conscientes da necessidade das mudanças ocorridas e começamos por aceitar que o curso de biblioteconomia que agora assume a denominação de gestão da informação, não passando simplesmente para outra alcunha, mas sim ofertando um importante exemplo de sintonia com as novas tendências mundiais. Como adjetivo a palavra preciso nos aponta o aspecto exato, claro e categórico do ato de partir, navegar, sair dos próprios domínios. E hoje, nós estamos identificados com o termo adjetivo. Estamos saindo deste encontro que durou o tempo necessário para adquirirmos maturidade e confiança em nós e na profissão que escolhemos a de BIBLIOTECÁRIOS. No decorrer desses anos, tivemos dificuldades e alegrias, porém vivenciamos cada momento e acreditamos ter feito nossa parte neste processo nem sempre fácil e realizador, que é o ensino- aprendizagem. Afinal aprende-se novos conceitos e isso implica em mudanças e as mudanças são difíceis. Acreditamos no futuro, acreditamos neste maravilhoso país, porém entendemos que só acreditar não basta, é preciso trabalhar. Assim, através da atualidade de poetas como do grande português Fernando Pessoa, de quem tomamos emprestado este verso navegar é preciso, viver não é preciso, para fazer algumas considerações a respeito de nossa passagem por esta Universidade, tão presente no dia a dia de nossa querida Curitiba. Este verso irá auxiliar nossos “pensares” e possibilitará muita reflexão para aqueles que se dispõe a um pensar constante. Cabe a cada um de nós fazer a leitura das diversas possibilidades que esta linguagem poética nos pode oferecer. Porém o que importa de verdade, apesar dos avanços tecnológicos e da globalização, que ora vivenciamos, é nunca deixarmos de enxergar as várias e múltiplas faces da realidade a que estamos sujeitos no nosso cotidiano, das mais complexas às mais simples, fazendo com que o mais humano nos guie e nos oriente. Não podemos esquecer que o homem é a medida de todas as coisas. E nada supera o poder do relacionamento, da conversa ao vivo, do olhar, do toque. E que há um limite nos mares navegáveis, enquanto que a vida é imprecisa, plena de mistérios e possibilidades. Com seu incomparável poder de criação, por isso, muito interessante e infinitamente bela.

DEPOIMENTOS

Juliana Constanski 768x768 - leia um trecho
TEXTO 01 1024x1024 - leia um trecho
SOLANGE MARTEL 1024x1024 - leia um trecho
TANIA SANTIAGO 768x768 - leia um trecho
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