A poesia como espaço de libertação

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No fundo no fundo, criei este artigo porque eu quero que você me veja falando poesia, não tipo, sério mesmo… me procura no youtube e você vai ver. Soltei os bichos. Eu sempre gostei de falar poesia. Vivo mandando coisas pelo whatsApp, mas dessa vez eu decidi escrever aqui. Eu preciso falar sobre isso.

Ah sim, e também tem outro motivo, eu gosto de um poema de minha lavra, “De Pássaros e de Homens”, o desafio que o João de Abreu Borges (um dia escrevo sobre ele) me ofereceu. Disse que eu tinha que escrever poesia com intenção e que as palavras poderiam ter um “corte” diferente. Algumas preocupações com rima, sons e escolha de imagens. Éh… isso mesmo!

Não adianta fazer poemas só pra desabafar, bom, é sempre válido escrever, mas poesia tem alguma coisa de tradição. Senão, porque alguém iria ficar dizendo as primeiras lingas do verso do Gonçalves Dias? Por exemplo, os poemas do Leminski não são aleatórios. Há algo ali, uma investigação, alguma coisa querendo ser mais que mera narrativa, ou melhor dizendo, ali tem uma narrativa poética intencional.

 

 

Poemas também tem história e não é qualquer nota. Você vive aquilo e as vezes nunca esquece, e ainda tem toda uma trajetória que te faz lembrar aquele poema. Lembro que nos meus cursos de teatro, sempre criei ambientes pra gente dançar ciranda e fazer um “poesia na roda”, motivado pelo fato de que alguma coisa minha poderia brotar ali, e brotava.

Meu poema me seguiu e foi parar num livro que nunca publiquei, mas tudo bem, tenho um blog, este aqui, e você, certamente poderá ler o meu poema, usufruir de minhas imagens e também me perdoar se o material ficou muito pedante. O fato é que escrever poesia é exercício pleno de liberdade. Uma forma de tanger o vento com um belo solo de flauta. Nossa, que imagem é essa? Deve ser por causa do prefácio do Nejar, no livro que fiz com o Hebert. “Do Crepúsculo ao Outro Dia”!

de pássaros e de homens

“O homem voa, o pássaro migra”  – (João de Abreu Borges)

singrando o céu, cavando a terra
o homem e o pássaro se dissecam

o grito é solto a asa é plena
manhãs e auroras se completam

o pássaro canta o homem briga
alado em seu medo de poeta

o homem traveste sua destreza
o pássaro fecha o bico em seta

o pássaro plumagem abre o olhar
seu voo rasante afaga nuvens

o homem inventa voo de ave
dançando na mata doce luar

vazio e incerto caminha descalço
buscando sentido no pleno sonhar

as coisas do pássaro se fazem sozinhas
as coisas do homem se erguem do chão

o homem poeta traz vôo na alma
o pássaro, atleta, faz trama no ar

(Jidduks)

 

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