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Talvez o seu problema e o meu é que estamos sempre pensando dentro da caixinha!
A terra parece girar muito mais dentro da minha cabeça do que, de fato, em si. É que esse mundo está criado aqui, mas os poetas e ficcionistas, dão uma forcinha! E eu sei que no fundo no fundo, não resisto a um filme de ficção científica.
O problema é a realidade, a forma como ela se estabelece e a maneira como tenho que lidar com isso, para muito além dos filmes de ficção científica. Se bem que, nos filmes, é preciso um bom roteiro e uma boa justificativa para construir um sentido de distopia, pós verdade, conspirações, etc…
Os filmes de Ficção Científica nos dão sempre uma solução, mas na vida real, os personagens são mais complexos, os estágios de evolução de cada um diz respeito a referenciais que não temos ideia do que que são. Mas aí veio o sistema cartesiano e criou um parâmetro. Nivelou todo mundo por baixo e começamos a grande aventura de viver nesse planeta. Essa definição de memória e esse sentido de tempo, interrompido por um inesperado acidente de percurso.
Antes acordar numa crise do Covid19 do que na madrugada dos mortos. Opa, posso ter falado uma asneira agora e você, certamente, entendeu o que eu disse agora. O terror invisível nos oferece uma possibilidade do acidente, já um terror visível, pode ser algo pelo qual nos mate logo pelo medo presumido e não pelo sentido da sobrevivência em si.
MAS AFINAL DE CONTAS PORQUE VOCÊ ESCREVEU ESTE ARTIGO?
O cansaço do cotidiano foi nos levando numa onda ao qual não sentíamos mais como retornar. Eu fico pensando se era isso que havíamos planejado. Claro que não, mas aí, todo o processo de escravidão a que fomos submetidos, nos colocou diante do paradigma atual. Parece que a força do universo resolveu fazer uma triagem. Todos nós estamos nessa equação, e mesmo diante dessa grande ameaça, continuamos pensando dentro da caixinha. Qual será a próxima praga do “egito”?
Já está mais que na hora de mudarmos este jogo, mas ainda é preciso ver muita água passar por debaixo da ponte. A vida e seus enredamentos, tem sido, praticamente um hábito construído a milhares de anoa. Junto a isso veio a tecnologia que, cada vez avança mais. Enquanto homens passam a controlar a vida de outros homens.
Então, a gente fica se perguntando, será mesmo que o mundo vai parar? Não, o mundo não para, o mundo nunca vai parar. Apesar dos pesares, a terra ainda é redonda e ainda precisa girar, então, quem sou eu nesse universo de tantas energias que se cruzam? Sou apenas um “pigmento de Deus”, é isso, acho que somos “pigmentos de Deus, instalados em uma imensa matrix”! Esse pixel do universo que ainda se importa com um pedaço de expressão!
Eu sempre quis que a terra parasse nos filmes para que eu pudesse descer em paz, na mais profunda tranquilidade do meu ser. Me imaginando aquele soldado voltando da guerra, abraçando minha filha e juntos, indo para Shelow Naw. A vida poderia ser assim, muito simples, direta e poética no sentido mais piegas do termo. Mas a gente perde a ingenuidade e acaba descobrindo que esse vírus é um choque que vai além do que podemos suportar e que, no fundo, estamos à própria sorte.
qual o lado bom disso?
De que a vida se impõe e a morte, de algum modo, leva seus preferidos por um tempo. Depois tudo segue o seu fluxo e, se eu estiver aqui ainda, certamente, vou continuar pensando no melhor jeito de tornar o mundo bem melhor do que “era”! Então, Matrix, sinto te dizer mas meu paradigma está passando por uma profunda mudança!
… Fui!
